O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), e o secretário de Saúde da cidade, Léo Prates (PDT), lamentaram a declaração do ministro da Cidadania, João Roma (PRB), sobre uma possível retenção de doses da vacina contra o coronavírus. Ontem, em evento em Camaçari, Roma afirmou que “o governo federal tem sim feito a sua parte e já entregou muito mais doses aos estados e municípios brasileiros, do que a quantidade de doses que foram aplicadas nas pessoas”.
Para Bruno, a crítica é injusta e o número de vacinados se deve à articulação de prefeitos no país. “Fui em Brasília essa semana e vi o vacinômetro. Tem lá: 47 milhões de doses distribuídas. Depois você vai ver e foram aplicadas 21 milhões. Qual a sensação? De que prefeitos não estão aplicando. Mas estão sim, aplicando 50%. A outra metade é da segunda dose. Aqui em Salvador, estamos até pegando 5% da segunda dose e aplicando como primeira. Então estamos usando 105% das doses. A Bahia em primeiro lugar na vacinação tem que se dar parabéns aos prefeitos. Eles que são os responsáveis por isso”, afirmou.
Já Prates foi mais enfático e pediu uma ajuda real do ministro João Roma, seu ex-companheiro de grupo político. “Lamento a declaração do ministro. Como o prefeito colocou bem, estramos indo além. Se o ministro quer ajudar, manda o governo federal mandar por escrito uma orientação sobre a aplicação de todas as doses na primeira via. Ele vai garantir civil e criminalmente a segunda dose. Mande o ministro da Saúde determinar que não tem mais retenção da segunda dose”, disse. (por Política Livre)