O Senado Federal aprovou nessa terça-feira (10), em sessão extraordinária e votação simbólica, o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de intervenção federal na segurança pública no Distrito Federal.
A medida foi determinada após os atos terroristas corridos em Brasília no último domingo (8), onde os vândalos invadiram e vandalizaram os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entretanto, a Constituição Federal determina que que, após o presidente decretar a intervenção, a medida precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Porém, não podendo haver mudanças no decreto, apenas votação pela aprovacão ou não do texto.
Apesar da votação ter sido simbólica, que é quando o presidente da Casa propõe que não tenha votação nominal, oito senadores foram contrários ao decreto, são eles: Carlos Potinho; Luiz; Carlos Heinze; Zequinha Marinho; Carlos Viana; Eduardo Girão ; Flavio Bolsonaro; Plinio Valerio; e Styvenson Valentin.
O decreto foi aprovado, em votação simbólica, na noite desta segunda-feira (9) pela Câmara dos Deputados, em sessão extraordinária convocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Na abertura da sessão, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deu declarações condenando os atos terroristas. Para Pacheco, esses que destruíram o patrimônio público eram “alguns poucos” que quiseram humilhar as sedes dos Poderes da República.
“Essa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro nem a vontade do povo brasileiro. Essa minoria golpista não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos”, disse.
Ele ainda condenou essa “minoria extremista” e afirmou que todos serão identificados e responsabilizados. “Essa minoria extremista será identificada, um a um, investigada e responsabilizada, assim como seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos”, pontuou o congressista.
Sobre o dia do acontecimento, Pacheco frisou que precisa ser superado, entretanto, jamais será esquecido. “Foi um dia triste para a nossa história. Haveremos não de esquecer, mas de superar”, declarou. No mesmo momento, o presidente do Senado exaltou as instituições brasileiras e afirmou que elas são fortes e que a democracia irá prevalecer.