Umas das mais tradicionais festas de verão da Bahia, o Madre Verão que acontece na cidade de Madre de Deus na RMS, vem sendo alvo de questionamentos por parte da população e de vereadores nos últimos dias. As denúncias demonstram que os preços cobrados pelos artistas estariam recebendo um verdadeiro “plus” nos valores, em referência a nova marca imposta pela atual gestão no festival.
Segundo denuncia do vereador Mardem Lessa, nas redes sociais o município acaba de contratar a banda Patrulha do Samba pelo valor de R$ 100 mil reais. “Tem larápio saqueando Madre de Deus e o poder legislativo está calado. Um bando instalado em nossa cidade roubando os cofres públicos” afirmou. O “Plus” no contrato acontece porque de acordo com a denuncia os shows da banda, não passam em alguns município de R$ 50 mil reais.
Há dias atrás, Mardem também denunciou outro “plus” que constatou na contratação da Banda Afrodisíaco. Em Outubro do ano anterior a banda tocou para o município pelo valor de R$ 40 mil reais, mas agora no Madre Verão, sem nenhuma justificativa, a banda cobrou R$ 100 mil reais, um aumento de 150%.
Humilhação
Uma vendedora ambulante de Madre de Deus reclamou que perdeu seus materiais de trabalho durante o festival de música realizado na cidade. Ela se queixou que o local escolhido pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (SUCOM) trouxe prejuízos. A vendedora de pastel destaca que começou a vender na Área de Lazer desde o final do ano passado, mas agentes não a deixaram permanecer no mesmo local.De acordo com ela, a equipe da Sucom não estava ajudando, “estão me humilhando, isso é humilhação!”.
Ela afirma que perdeu o dinheiro de investimento feito para trabalhar no evento e a mercadoria. “Sabe porque você faz isso, vocês todos faz isso? Porque estão no auge do poder”, lamentou. Com um pano, ela enxuga as lagrimas e chorando diz que não vai sair do local.“Isso é humilhação, eu não vou deixar, eu não vou deixar não”, disse.
Desorganização
No ultimo fim de semana, a troca de ingressos provocou uma fila desde as primeiras horas do dia, e ao final da troca de ingressos a administração teve de usar ingressos não utilizados no fim de semana anterior, o que gerou uma grande revolta. Os ingressos precisaram ser carimbados para serem distribuídos.
Segundo moradores entrevistados pelo RMS.BA, uma serie de desorganização não condizem com o porte do evento. Nas redes sociais moradores denunciam que até banheiros químicos estão chegando de barco e em cima da hora nas festas da ilhas. Hellen Coutinho denunciou que nem equipe de Saúde foram alocadas para a festa das ilhas.