Mesmo com um placar tendendo pela inelegibilidade – 3 x 1 –, com o voto de quatro dos sete ministros no julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), em que as chances de uma virada no placar são vistas nos corredores do Judiciário são tidas como remotas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se nega ‘entregar os pontos’. “Não acabou o jogo ainda, tá?”, reagiu Bolsonaro, na noite desta quinta-feira (29), no Rio de Janeiro.
Corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impetrada pelo PDT contra ele ação por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
A quarta sessão do julgamento ocorrerá nesta sexta-feira (30), durante a cerimônia de encerramento do primeiro semestre do Judiciário, marcada para começar às 12h. O relator do caso, Benedito Gonçalves, e os ministros Floriano Marques e André Tavares se posicionaram pela inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos e absolvição de Walter Braga Netto, que foi vice na chapa pela reeleição do ex-presidente em 2022. Já o ministro Raul Araújo votou para absolver Bolsonaro.
Os próximos a manifestarem seus votos, nesta sexta, são Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do tribunal.
Mesmo diante desse cenário, o ex-presidente, conforme a Folha de S.Paulo, recorreu a uma metáfora futebolística para justificar tamanho otimismo. “Eu já vi o Palmeiras 3 e Vasco 0 no primeiro tempo e no segundo foi 4 a 3 pro Vasco”, ressaltou, relembrando a virada histórica do time carioca sobre o paulista na final da Copa Mercosul de 2000, quando o vascaíno Romário, atual senador e bolsonarista, marcou três vezes.
“Num julgamento justo, como disse o ministro André Mendonça [do Supremo Tribunal Federal], é 7 a 0. Nem 7 a 0. Não devia nem ser recebida a representação do PDT. O PDT, o [Carlos] Lupi que sempre defendeu o voto impresso, inspirado no Leonel de Moura Brizola”, reiterou o ex-