Com longa estadia na política baiana, a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), falou sobre o rompimento do Partido Progressistas com o Partido dos Trabalhadores e revelou acontecimentos que antecederam a decisão. As declarações foram dadas em entrevista ao Metropod, na Metropole, nesta terça-feira (5).
Sobre os posicionamentos do ex-líder do PP na Bahia, João Leão – que já foi de adversário a aliado da petista – e seu filho, Cacá Leão, atual secretário de Governo da prefeitura de Salvador, Moema disse que “não se mete”. “Na situação deles lá, eu não me meto. Só não quero que eles me traiam. Eu confio neles, até que se prove o contrário”, destacou.
De acordo com Moema, a surpresa não foi com o rompimento político, mas com uma suposta chantagem realizada por pai e filho ao senador Jaques Wagner antes das eleições de 2022. “Eu tive uma decepção muito grande”, disse.
Durante o bate-papo, Moema revelou que articulou uma reunião entre Leão e Wagner, em sua própria casa, e Leão não apareceu para o compromisso. “Deu 11 horas e não deram nenhum sinal de vida. Wagner Ligou para Cacá e ele tratou Wagner muito mal. Disse o mesmo que Leão tinha me dito, que ‘Wagner tirou doce da boca da criança’, que já estava tudo certo para ir para o Palácio de Ondina. Wagner se emocionou muito, ficou muito triste porque não era esse o propósito dele em hipótese alguma, ele só veio dar o recado dele”, disse, se referindo ao episódio, em entrevista a Mário Kertész na Rádio Metropole, em que Wagner anunciou que Rui Costa, então governador da Bahia, levaria o mandato até o final.