Insatisfação com o tratamento dispensado ao PV fez com que o partido não participasse da reunião do conselho político, ontem, no Palácio de Ondina. “Eu não mando no partido. Somos um coletivo e foi deliberado que não deveríamos participar das reuniões”, afirmou o presidente estadual do PV, Ivanilson Gomes. O Partido Verde faz parte da federação com o PT e PCdoB.
A insatisfação vai desde a falta de espaço no governo, passando por discussões relacionadas às eleições municipais. O PV tem interesse em disputar como cabeça de chapa em ao menos dez cidades. No entanto, não encontrou no PT espaço para conversar sobre as candidaturas.
“Temos quatro cargos no governo, de segundo e terceiro escalões”, conta, elencando dois no Detran e dois na Secretaria de Meio Ambiente (Sema). “Além disso temos nomes para disputar eleições e não fomos chagados para falar sobre o assunto”, pontuou.
O dirigente partidário reclama da falta de cumprimento de promessa e da falta de diálogo com o governo, por meio da Secretaria de Relações Institucionais (Serin). Ele afirma que esteve com o governador apenas em duas oportunidades. O mesmo acontece com Luiz Caetano. Quanto a reunião de domingo, Ivanilson diz que foi convidado para participar de uma reunião no Palácio de Ondina, “mas não foi falado que era do conselho politico”.
O PV fazia parte da base de sustentação do governo de Bruno Reis na prefeitura de Salvador. Quando da campanha para o governo da Bahia teve que fazer o movimento de apoiar Jerônimo Rodrigues por causa da federação. “Tivemos que deixar todos os cargos na prefeitura e nos foi dito que as pessoas seriam realocadas para o governo, o que não aconteceu”, explicou. O PV tem dois deputados estaduais e um federal. Nenhum, no entanto, é orgânico.