O comando é do Comando Vermelho (CV). A facção, que se estabeleceu na Bahia em 2020, iniciou o ano com demonstrações de poder e de dominação em seus territórios, uma afronta às forças de segurança. Nos últimos dias, a cidade de São Sebastião do Passé testemunhou uma onda de violência que resultou na morte de três proprietários de depósitos na cidade. Os crimes podem estar relacionados a uma exigência da facção para que donos de depósitos e bares peguem uma propina mensal ao CV.
Após os terríveis assassinatos, um levantamento realizado pelo Jornal Candeias revelou que dos últimos homicídios na cidade, três eram donos de depósito ou bares e foram vítimas fatais de crimes bárbaros. Soares, Joadson Luís (conhecido como ‘Jó Riqueza’) e Gustavo foram assassinados em diferentes incidentes, deixando a comunidade chocada e apreensiva.
Enquanto a polícia investiga os casos, os moradores permanecem assustados com a frequência dos homicídios na região e relacionada aos donos de comércios.
Na noite do último sábado, o filho de um proprietário de bar foi atacado em frente ao estabelecimento de seu pai.
A vítima, alvejada por dois homens em uma moto, tentou fugir, mas foi incapaz de escapar dos disparos. Em Off, empresários relatam apreensão com a situação. “Eles vêm às nossas lojas regularmente para cobrar o que é nosso, o comércio já está difícil o suficiente, e ainda temos que dar dinheiro para esses ele. A polícia precisa intervir e acabar com isso”, disse um comerciante.
Outros comerciantes receberam ligações. “Um homem dizendo que era para ‘ajudar a facção’, caso não pagasse, haveria represália, que viria com armas. Não falou em valores. Disseram que viriam tratar pessoalmente. Foi ríspido, tipo: ‘nós vamos brocar’, ‘não estamos brincando’”, contou uma vítima. “O pessoal do Forno tá mandando fazer tudo isso, pelo menos é o que estão dizendo.
Não me sinto seguro. Fico na infeliz expectativa de algum deles vir aqui. Todos os clientes que chegam fico tenso, principalmente quando querem falar em particular”, declarou.
O Jornal Candeias procurou um posicionamento da Polícia Civil, no entanto, até o momento, não obteve resposta sobre as investigações.