O coronel da reserva Humberto Sturaro fez um desabafo em suas redes sociais, na manhã desta quinta-feira (29/08), após a prisão de três policiais militares, entre eles um capitão PM lotado no Departamento Pessoal. O trio acusado de sequestros e homicídios foi alvo de uma operação do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic).
“No dia que a gente chora a morte de um companheiro me deparo com uma matéria dessa da TV. Espero que a sociedade entenda que a Polícia Militar não é isso. É por esse motivo, desses três ‘pombos’, que muitos companheiros remam, remam e nunca chegam à praia”, lamentou.
O oficial superior aumentou o tom ao classicar o trio como “três desgraças”. Ele ainda lembrou que, recentemente, outro capitão foi preso por envolvimento em venda de armas para facção. “Agora está sendo mais constante”, acrescentou.
Por fim, questionou o motivo dos “homens retados” não terem trocado tiros com as equipes da Polícia Civil, que foi parabenizada pela ação. “Devia ter resistido à prisão. Porque não resistiram também, né? Já que tem coragem pra extorquir, porque não tem coragem pra resistir à prisão? Vocês mereciam um confronto direto”, sentenciou Sturaro.
A ação do Deic resultou na apreensão de pistolas calibres 9 mm e .380, celulares, um revólver 357, munições, um carregador de fuzil 7.62 e a quantia de R$ 1.858. Chama atenção que o dinheiro estava todo trocado, majoritariamente com notas de 5 reais. Os militares são investigados pela morte de dois homens, após sequestro e extorsão.
Os presos, um soldado, outro capitão – ambos da ativa – e o terceiro da reserva, serão ouvidos e posteriormente serão transferidos para o Batalhão de Polícia de Choque, em Lauro de Freitas. O ‘praça’ é lotado na 37a CIPM.
Conforme a fonte do Informe Baiano, o oficial é conhecido como Dorea e trabalha no Departamento Pessoal. Ele também já atuou na Rondesp BTS, onde liderou várias operações contra o tráfico de drogas com morte de bandidos. O capitão, acrescenta a fonte do IB, seria ligado a um importante magistrado.
“As investigações iniciaram após familiares de duas vitimas relatarem o desaparecimento no dia 11 do mês passado. Segundo eles, os investigados pediram valores para liberação, e no dia seguinte, os dois sequestrados foram encontrados mortos”, disse o diretor do Deic, Thomas Galdino.
Os materiais passarão por perícia, enquanto a origem do dinheiro será investigada.
As ordens judiciais foram cumpridas nos bairros de Brotas, Nova Brasília e Itapuã, em Salvador, e em Caji, no município de Lauro de Freitas, por equipes da Coordenação de Operações e da Delegacia Antissequestro (DAS), com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar.
Com Informações do Informe Baiano