Nos últimos dois meses, as tradicionais blitzes da Lei Seca em Candeias foram abruptamente suspensas. A decisão pedida pela petista ao governador ocorreu na tentativa de diminuir o desgates com a população local, acostumada a uma rotina de fiscalização intensa nas ruas que perseguia mototaxis e trabalhadores.
Fontes ligadas ao governo estadual da Bahia confirmam que essa suspensão foi estratégica, motivada por pressões políticas envolvendo a campanha da candidata à prefeitura de Candeias, Marivalda Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Marivalda, que conta com o apoio direto do governador, que tenta emplacar o nome da mesma, após identificar que suas ações vinha sofrendo um desgaste significativo em sua campanha eleitoral. Pesquisas internas apontavam uma crescente reprovação popular em relação ao formato das blitzes, vistas por muitos como um meio de arrecadar dinheiro dos cidadãos, para os latido e guinchos do governo. A insatisfação popular foi refletida nas pesquisas de intenção de voto, onde a candidata aparece atrás de seus concorrentes.
Com o objetivo de suavizar o impacto negativo e tentar reverter o cenário desfavorável, o governador decidiu suspender as blitzes da Lei Seca em Candeias desde agosto, início da campanha. O que era antes um tema de segurança pública, passou a ser visto como uma manobra política. A ausência das blitzes por um período de dois meses reforça a percepção de que o governador busca, a qualquer custo, melhorar a imagem de Marivalda Silva, na tentativa de empurrar sua candidatura frente à rejeição de 56% popular segundo pesquisa do instituo Séculos.!
Para muitos eleitores, a suspensão das fiscalizações é uma evidência clara de que a gestão estadual está mais preocupada em preservar a imagem de sua candidata do que em manter políticas públicas que garantam a segurança no trânsito. Resta saber se essa estratégia política surtirá efeito nas urnas, já que as pesquisas indicam que a candidatura de Marivalda continua em desvantagem em relação aos concorrentes.