Na primeira agenda pós-eleição, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) ignorou a derrota do seu vice, Geraldo Júnior (MDB), em Salvador, e optou por fazer uma avaliação geral do pleito nas cidades em que a base governista saiu vitoriosa. Ao todo, o grupo conseguiu eleger 309 prefeitos.
“Eu faço um balanço muito positivo. Enquanto governador a minha preocupação era uma eleição de paz e depois como líder do meu conselho político, eu faço uma avaliação muito positiva na ampliação de prefeitos e prefeitas, de vereadores e vereadoras. Eu não posso e não falo aqui em nome do PT, mas de todos os partidos”, disse o gestor nesta terça-feira (8).
Evitando falar sobre o episódio da ovada, em Jeremoabo, o petista afirmou que em alguns municípios a sua base se comportou como “oposição”, e negou que houve insatisfação ou ausência de atendimento aos aliados, como vinha sendo propagado por candidatos a prefeitos.
“Tinha municípios que eu fui, inclusive, ali no embate de um partido meu sendo oposição, mas eu fui, combinei antes e não fiz nenhum mal trato a nenhum dos candidatos. Fui lá abordar o meu lugar enquanto um agente político, defendi o meu candidato”.
O chefe do Executivo diz ainda que manterá o diálogo com os prefeitos que foram eleitos sem o seu apoio. Segundo ele, as derrotas fazem parte da “democracia”.
“Onde eu ganhei as eleições, vamos tocar o barco, onde eu não ganhei as eleições, é sentar [conversar]. A democracia exige de mim. […]. Espero que todos os candidatos que fizeram o compromisso dos quatro anos possam cumprir, e eu vou ajudar”, acrescentou.
Derrotas
Apesar da eleição de mais de 300 prefeitos, a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) foi derrotada nas principais cidades, a exemplo de Salvador, Ilhéus, Feira de Santana e Vitória da Conquista. Nesse sentido, o petista, durante a coletiva de imprensa, considerou que, mesmo com o declínio, o grupo ganhou “politicamente”.
“É claro que você pode comparar o que houve em Salvador e Feira de Santana. Em Feira, não tínhamos a prefeitura e chegamos bem. A disputa foi acirrada. Não houve vitória eleitoral, mas houve a vitória política. Da mesma forma, em Ilhéus, não tínhamos a expectativa de Adélia chegar onde chegou, chegou bem. Uma nova líder foi criada em Ilhéus”, disse, sem falar sobre o fracasso na capital baiana.
O candidato à prefeitura de Salvador, Geraldo Jr. (MDB), perdeu as eleições no terceiro lugar, com 10,33%, o que equivale 137.298.