A Acelen, empresa responsável pela Refinaria de Mataripe, localizada na Bahia, tornou-se alvo de um inquérito civil público instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF). A investigação busca apurar um possível dano ambiental na região.
Segundo a peça assinada pela procuradora da República Flávia Galvão Arruti, o órgão investigará o “aparecimento de substância oleosa em março de 2024 na região da desembocadura do Rio Mataripe, em São Francisco do Conde”. A refinaria Acelen e a MC Brazil Downstream Participações são citadas como responsáveis pelo episódio.
Relatos de pescadores do Mangue do Ilhote, situado no distrito de Santo Estevão, São Francisco do Conde, apontam o surgimento de manchas de óleo no mar durante o mês de março. Em entrevista ao jornal Correio, José Antônio Santos, conhecido como Zé Tunel, presidente de uma organização local de pescadores, denunciou os impactos ambientais e socioeconômicos causados pelo vazamento.
De acordo com Santos, a contaminação está comprometendo os manguezais, áreas de pesca e mariscagem, prejudicando a renda de milhares de trabalhadores que dependem dos frutos do mar e mariscos. Ele afirma que o derramamento afeta mais de cinco mil pescadores e marisqueiras, e algumas equipes de pesca estão completamente inativas.