O ministro da Casa Civil, Rui Costa, fez críticas ao mercado financeiro por ter apoiado a gestão de Jair Bolsonaro, mesmo com dinheiro “torrado” pelo Executivo para tentar reelegê-lo em 2022. As declarações de Costa vem em meio a pressão feita pelo meio econômico em cima do governo por conta do pacote de medidas fiscais.
“A gente não viu o tal do mercado apontar essa absoluta irresponsabilidade com dinheiro público. Nós estimamos mais de R$ 200 bilhões que foram torrados em 2022 para tentar a eleição do presidente Jair Bolsonaro naquele ano. E o mercado absolutamente silencioso e apoiando o discurso vazio e inconsistente do então ministro da economia Paulo Guedes”, declarou o ministro.
Segundo matéria do InfoMoney, Costa ainda pontuou os resultados de crescimento do PIB em 2023 e 2024, sob a gestão de Lula.
“Para quem dizia que o Brasil ia crescer 1% no ano passado, o Brasil cresceu 3,3%. E no ano passado foi puxado pelo agronegócio. Inicia-se neste ano, para as agências do tal mercado, o Brasil vai crescer 1,5%. Estamos em dezembro, eles são forçados a publicar que o Brasil pode crescer 3,5% neste ano, não mais puxado pelo agronegócio que em função das chuvas e das secas decresceu. Quem puxou o investimento neste ano foi investimento, que agora no terceiro trimestre bateu o número extraordinário de 17% do PIB”, declarou Rui Costa, em Brasília, na última quinta-feira (5).
O petista afirmou também que há uma tentativa de antecipar a disputa presidencial de 2026 e desestabilizar o governo Lula. “A gente fazer disputa da narrativa ocupando cada rádio desse País, cada blog, cada conta de Instagram, Facebook, Tiktok, seja o que for. Para a gente disputar a narrativa porque o que eles estão fazendo é antecipar as eleições de 2026, trazendo para o presente uma tentativa de desestabilizar o governo. Mas, mais do que nunca, o presidente Lula está sereno e convicto de como nós vamos chegar em 2026”, declarou ele.
Ainda comentando sobre o pleito presidencial, o ministro afirmou que o governo colherá resultados ao longo de 2025 e que Lula chegará à disputa em condições de ser reeleito. “Mas isso só não será suficiente. Precisamos reelegê-lo com uma base consistente na Câmara e no Senado, que possibilite bases, instrumentos e ferramentas para avançarmos muito mais no projeto de País”, disse o ministro da Casa Civil. Ele também afirmou que não há problema se os senadores eleitos forem de partidos aliados, em vez de do PT, se forem “comprometidos com o projeto do presidente Lula.”