A gestão do prefeito Antônio Carlos Vasconcelos Calmon, em São Francisco do Conde, está sendo duramente criticada pela falta de políticas públicas efetivas voltadas para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Famílias de crianças autistas relataram, nesta semana, nas redes sociais, o desespero diante da falta de medicamentos, interrupção de terapias e ausência de suporte psicológico.
De acordo com o Instituto Teamar, a situação é grave e persistente. Em 2024, a interrupção dos tratamentos durou cerca de cinco meses, resultando em sérias regressões no desenvolvimento das crianças, crises recorrentes, aumento na dosagem de medicamentos e dificuldades no ambiente escolar e familiar. Já em 2025, o ano começou sem qualquer perspectiva de melhora: não há terapias, consultas médicas, nem resultados dos testes psicológicos realizados no ano anterior.
Essas interrupções configuram uma grave violação dos direitos dos autistas e de suas famílias, que dependem de constância nos atendimentos e suporte especializado para garantir qualidade de vida. Para muitas famílias, a falta de terapias regulares significa não apenas estagnação, mas também retrocessos irreversíveis no desenvolvimento das crianças.
Além disso, há denúncias de que muitos profissionais que deveriam atender essa população enfrentam instabilidade em seus contratos de trabalho, o que compromete a continuidade dos serviços. As famílias, já sobrecarregadas, também relatam falta de acolhimento por parte do município e enfrentam longas esperas por vagas nos tratamentos.
A população de São Francisco do Conde exige respostas e ações concretas. O apelo das famílias de crianças autistas é claro: o poder público precisa se sensibilizar e garantir a retomada imediata dos atendimentos, fornecimento de medicamentos e acolhimento às famílias.
Enquanto isso, a negligência da gestão atual continua a afetar profundamente a vida dessas crianças, que dependem de terapias e cuidados contínuos para desenvolverem suas habilidades e viverem com dignidade. O descaso é inadmissível e precisa ser corrigido com urgência.