A Polícia Civil encontrou um acampamento improvisado que pode ter sido utilizado por um dos 16 detentos que fugiram do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, no dia 12 de dezembro de 2024. O local foi descoberto e desmontado na terça-feira (7), em uma área de mata na região conhecida como Boqueirão, nos fundos da residência de familiares do foragido.
De acordo com informações da Polícia Civil, equipes do Setor de Investigação (SI) da Delegacia Territorial de Eunápolis estavam realizando buscas para localizar Anailton Souza Santos, um dos fugitivos. No local, foram encontrados uma barraca, colchonetes e cobertores, indicando que o espaço havia sido usado recentemente. O material foi destruído para evitar reutilização.
Desde a fuga dos 16 detentos, nenhum deles foi recapturado. O grupo escapou após homens armados invadirem a unidade prisional com o objetivo de resgatar Ednaldo Pereira Souza, conhecido como “Dadá”, líder da facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). Durante a ação, os invasores trocaram tiros com policiais penais e abriram a cela de Dadá, libertando também outros membros da facção.
A fuga foi registrada pelas câmeras de segurança do presídio. As imagens mostram os detentos sendo escoltados pelos criminosos armados. No dia seguinte, 13 de dezembro, o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, José Castro, anunciou uma intervenção de 30 dias na unidade, prazo que pode ser prorrogado. Uma sindicância foi aberta para apurar as circunstâncias da invasão e da fuga.
Na terça-feira (7), os diretores Joneuma Silva Neres, do Conjunto Penal de Eunápolis, e Elton Deolinho Rocha, da unidade de Jequié, foram exonerados. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
