A nota emitida pela Prefeitura de São Francisco do Conde, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDES), não convenceu os moradores e familiares de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo relatos das famílias, a gestão tenta mascarar a gravidade da situação vivida no município.
Enquanto a prefeitura afirma que o Centro de Referência do Autista Franciscano (CRASF) está em funcionamento e oferece suporte às famílias, moradores denunciam a falta de medicamentos, terapias interrompidas e ausência de respostas concretas para solucionar os problemas.
“É um desrespeito com nossas crianças. Dizem que o CRASF está funcionando, mas há meses não temos acesso aos serviços. Essa nota é uma mentira descarada”, afirmou uma mãe que preferiu não se identificar.
Os moradores rebatem ainda a alegação de que a gestão está comprometida com os atendimentos. “Se houvesse compromisso, não estaríamos vivendo esse abandono. Estamos há anos lutando por constância e qualidade nos serviços, e a situação só piora”, destacou outro familiar.
A nota assinada pela secretária Nide Calmon não trouxe prazos nem soluções concretas, o que aumentou a revolta das famílias. Elas reivindicam ações imediatas, como a retomada das terapias, a distribuição regular de medicamentos e maior transparência sobre o uso dos recursos destinados à saúde.
As críticas também se estendem ao prefeito Antônio Calmon, acusado de negligenciar os direitos das pessoas com deficiência no município. Para os moradores, não bastam palavras: é preciso que a gestão apresente resultados. “Chega de promessas. Queremos respeito e ações, porque nossas crianças não podem esperar mais”, concluiu uma das mães.