A partir de terça-feira, 28, os ônibus metropolitanos irão parar de rodar por tempo indeterminado. A informação foi publicada no Jornal A Tarde, depois do contato com o sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana de Salvador (RMS). Segundo o sindicato da categoria, que se encontra em campanha salarial, a decisão foi tomada após as empresas anunciarem o encerramento das atividades.
A Associação das empresas de transporte metropolitano (Abemtro) protocolou no último dia 14, junto à Agência Reguladora dos Transportes no estado (Agerba), que não irá mais operar as linhas que ligam as cidades da RMS à capital baiana a partir de 15 de fevereiro.
A medida inclui as empresas Cidade Sol, Expresso Vitória, Expresso Metropolitano, Atlântico Transportes, ATP Transportes e Avanço Transportes. Elas alegam que a concorrência com o transporte clandestino, bem como a integração com o Metrô tornaram inviáveis a operação. A proposta é que o Governo do Estado absorva todo o custo do Metrô, que passaria a ter tartifa zero.
TAC
A decisão das empresas ocorre seis semanas após a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre Governo do Estado e Ministério Público (MP), com participação da Agerba e da Abemtro, para garantir a continuidade do serviço até a realização de uma licitação do transporte metropolitano, que não ocorre desde 2017.
Em resposta ao Portal A TARDE, a Agerba informou que está em negociação para a resolução da situação e que “não tem como afirmar que as linhas serão devolvidas e nem está tratando, inicialmente, de um plano para se ocorrer a devolução”. Segundo a nota, “a Agerba está em tratativas para que o transporte continue atendendo à população”.
Segundo a agência, a devolução das linhas só vai ocorrer caso não exista acordo entre as empresas e a Secrtaria de Infraestrutura (Seinfra), responsável pela gestão do contrato firmado com o metrô. A Seinfra se limitou a dizer que o caso está sendo tratado pela Agerba.
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