A nomeação de Luciana Souza como nova secretária de Cultura e Turismo de São Francisco do Conde pegou a população e a classe política de surpresa e gerou uma onda de indignação. Ex-opositora ferrenha do atual prefeito Antônio Calmon, Luciana, moradora da muribeca sempre criticou a gestão e se posicionou contra suas decisões políticas, sendo ligada politicamente a adversária de Calmon, e ex-candidata a prefeita Ralisson Valentin.
A nomeação de Luciana é mais uma prova de força da dama de ferro e vereadora Grace Tanferi, que indicou mais de metade do primeiro escalão do atual mandato. Após a adversária tomar posse na Secretaria tão importante da cidade, uma onda de revolta tomou o grupo do “líder” que preferiu deixar de lado aliados para beneficiar opositores, que já vinha demonstrando insatisfação com os rumos da administração municipal. O descontentamento da população não se limita à nomeação.
Desde as eleições, milhares de trabalhadores foram demitidos, deixando diversas famílias em situação de vulnerabilidade. Além disso, obras que estavam em andamento foram paralisadas, comprometendo o desenvolvimento da cidade, e programas sociais importantes foram interrompidos, prejudicando principalmente os mais carentes.
Diante desse cenário, moradores usam as redes sociais para expressar indignação e questionar as decisões do prefeito. “Quem criticava agora está junto. Enquanto isso, o povo sofre com as demissões e o abandono da cidade”, escreveu um morador. Outro comentário destaca a incoerência da nomeação: “Se era contra e agora aceita cargo, fica claro que a oposição dela nunca foi pelo povo, e sim por interesses próprios. Ou sempre foi um jogo da família Valentin para se manter no poder.” disse Alana do Caípe.
Com a crise política e social se agravando, a população cobra explicações e exige providências. Na classe política, o prefeito tem enfrentado uma revolução silenciosa, pois vereadores da base viram diminuir o número de cargos disponíveis desde a reeleição. Segundo informações ainda não confirmadas, o “líder” estaria pressionando o presidente da Câmara a devolver mensalmente mais de R$ 1,5 (um milhão e meio de reais) por mês para a prefeitura, dinheiro que pela Lei obrigatoriedade tem de ser aplicado no trabalho da Câmara de Vereadores.