O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), minimizou a possibilidade de ser preso depois de denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ex-mandatário é suspeito de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022, após sair perdedor das eleições presidenciais.
“O tempo todo [é] vamos prender o Bolsonaro. Caguei para a prisão”, disparou ele durante um evento do PL em Brasília.
Na ocasião, Bolsonaro também se defendeu das acusações. “Estou com a consciência tranquila, não tem nada contra a gente além das narrativas. Agora investiram nessa última de golpe. Geralmente quem dá golpe é quem ganha. Agora o duro é quando você é golpeado e te acusam de dar golpe. Eu estou tranquilo”, afirmou.
Relembre o caso
A denúncia apresentada pela PGR aponta Bolsonaro e aliados como articuladores de uma tentativa golpista para reverter o resultado das eleições de 2022, que levaram à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a investigação, o grupo teria planejado um conjunto de ações para manter o ex-mandatário no poder, mesmo sem respaldo constitucional.
O ex-presidente foi acusado pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. As penas para esses crimes podem ultrapassar 20 anos de prisão, dependendo da condenação.
Além de Bolsonaro, também foram denunciados o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de 2022, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que colaborou com as investigações e já confessou participação em outros esquemas envolvendo o ex-presidente.