O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quarta-feira (12/2), a retomada urgente das investigações no âmbito da Operação Overclean, que apura desvios de recursos públicos por meio de emendas parlamentares. A operação tem gerado apreensão entre políticos de Brasília, do estado e de municípios onde o grupo criminoso atuou fortemente.
Cidades como São Francisco do Conde (veja aqui https://jornalcandeias.com.br/2025/02/sao-francisco-do-conde-entra-na-mira-da-overclean-apos-investigacao-descobrir-que-secretarios-municipais-despachavam-diariamente-com-rei-do-lixo/ ) estão no novo foco da investigação, pois indícios apontam que o “Rei do Lixo”, apontado como um dos líderes da organização, exercia forte influência sobre a gestão municipal, escolhendo secretários e até as empresas que recebiam pagamentos.
O Jornal Candeias afirmou, em matéria publicada na última segunda-feira (09)(veja aqui SFC: Comunidade se mobiliza para pedir o impeachment de Calmon, após sumiço de 70 dias), que, segundo informações de investigadores, a próxima fase da operação ocorrerá antes do Carnaval. Já o O Globorevelou na última quarta feira (12) (veja aqui https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2025/02/o-arsenal-digital-apreendido-na-operacao-sobre-o-rei-do-lixo-que-a-pf-ainda-nao-explorou.ghtml?utm_source=Whatsapp&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar) que grande parte do acervo de 144 dispositivos digitais apreendidos ainda não foi sequer analisada.
Na tarde desta quinta feira (13), o ministro Kassio Nunes determinou que a Polícia Federal (PF) retome as diligências e buscas relacionadas ao caso, que estavam suspensas desde que o processo foi remetido ao STF devido à suposta participação do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil). Com isso, a operação volta a avançar nas investigações.
Operação Overclean
A ação busca desmantelar um suposto esquema de desvio de verbas federais destinadas à saúde e infraestrutura por meio de emendas parlamentares. Os investigados são suspeitos de direcionar recursos públicos para empresas de fachada e contratos superfaturados, em um esquema que pode envolver políticos e servidores públicos.
Com a retomada das diligências e o sigilo imposto ao inquérito, a expectativa é que a Polícia Federal intensifique as buscas e colete novos elementos que possam corroborar as suspeitas iniciais.