Um relatório de inteligência da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) revelou que as duas maiores facções criminosas do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), estão tentando estabelecer uma trégua em âmbito nacional. A Bahia, no entanto, não será ‘contemplada’ com o acordo. Segundo o documento, o pacto já estaria em vigor em pelo menos seis estados: Mato Grosso, Acre, Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Informações apontam que lideranças de alto escalão das facções, como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do PCC, e Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos principais nomes do CV, estariam coordenando ações conjuntas, especialmente relacionadas ao sistema penitenciário federal.
Gravações obtidas em conversas entre advogados e presos sugerem que os criminosos articulam maneiras de flexibilizar o regime disciplinar diferenciado (RDD), que impõe isolamento rigoroso a detentos considerados de alta periculosidade.
Além disso, mensagens atribuídas a integrantes das facções reforçam o pacto de não agressão. Uma delas, supostamente do PCC, declara que “mortes estão proibidas em todos os estados”. Já outra, atribuída ao CV, determina que “ataques contra o PCC estão proibidos desde o dia 11 deste mês”. A movimentação segue sob monitoramento das autoridades de segurança.