Um verdadeiro Tsunami de corrupção toma conta da terra do camarão, a bela cidade de um povo acolhedor, São Francisco do Conde, cidade há 70 km da capital baiana, tem sido tomada por um mar de denúncias e investigações, que sem dúvida nenhuma irão em muito pouco tempo levar a possíveis afastamentos e prisões com os desdobramentos das investigações pelo GAECO e da Policia Federal em curso na operação Overclean e de mais um novo escândalo que começa a surgir.
Encorajado pelas denúncias feitas na última semana pelo Jornal Candeias, até mesmo aliados do gestor, procuraram o JC para denunciar fraudes em outros contratos e até mesmo na administração direta do prefeito Antônio Calmon. Uma delas, envolvendo diretamente o Setor de Recursos Humanos da Prefeitura, comandado pelo Secretário de Administração à época, Roque Pita e que já está nas mãos do Ministério Público Estadual para averiguação, mostra uma fraude montada dentro do RH da prefeitura, nos empréstimos consignados de servidores municipais que causou um rombo de quase R$ 2 milhões aos cofres públicos do município.
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O esquema que o MP já apura, consistia em simular através de contracheques o aumento dos salários dos servidores, para que os mesmos pudessem tomar empréstimos consignado junto ao Banco Bradesco em valores vultuosos, acima da capacidade de pagamento. Logo após conseguirem o empréstimo, a simulação era desfeita no sistema do RH, e o funcionário ao não conseguir pagar o empréstimo, por ter perdido a “gratificação” que nunca existiu, a dívida era transferida para o município, que por ser o “avalista” da operação foi obrigado conforme prevê a legislação a arcar com o pagamento dos valores do empréstimo.
Caso seja confirmado as informações da denúncia, os servidores envolvidos poderão ser afastados e o secretário Roque Pita e o prefeito Antônio Calmon, afastados do serviço público e até mesmo presos, já que os crimes deram um rombo nas contas do município, crime tipificado como improbidade administrativa.
Humilhação
Não é de hoje que Calmon humilha a Câmara de Vereadores, segundo alguns edis, além de cortar os cargos aos quais os vereadores tinham direito para seu grupo, o prefeito está obrigando o presidente da Câmara Nem do Caípe a devolver mensalmente, mais de R$ 1.500.000,00 de reais do duodécimo, (repasse ao qual as Câmaras de Vereadores tem direito constitucional) para a prefeitura, algo nunca visto na história de nenhuma Câmara Municipal do Brasil, diminuindo a verba dos gabinetes dos parlamentares, para segundo um vereador, continuar mantendo os pagamentos dos contratos ligados ao “Rei do Lixo”
Caixa Preta vai ser aberta
O morador do Coroado, José Antônio de Jesus, solicitou cópia dos dados da denúncia feita pelo JC sobre os supostos indícios de corrupção e não prestação dos serviços realizados pela COMTECH ENGENHARIA na soma de mais de R$ 150 milhões de reais, para apresentar queixa crime no Ministério Publico contra o prefeito Calmon.
As obras inacabadas e até mesmo não realizadas que estão sendo esmiuçadas, receberam a atenção até mesmo de vereadores da base do prefeito que em off, falaram com o JC. Curiosamente, nenhum quis defender o prefeito. O silêncio do gestor é tão grande, que ele decidiu não participar da abertura dos trabalhos legislativos da Câmara de Vereadores nesta terça-feira (18), enviando o vice-prefeito Marivaldo Amaral que apresentou uma mensagem chula, de menos de três minutos, visivelmente constrangido.