O bispo Bruno Leonardo Santos Cerqueira se pronunciou nas redes sociais após ser citado em um relatório da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) em uma investigação sobre lavagem de dinheiro ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele negou qualquer envolvimento com a facção criminosa e classificou as informações como “perseguição e fake news”.
A citação ao bispo ocorre por conta de uma transação no valor de R$ 2,2 milhões entre a Igreja Batista Avivamento Mundial, liderada por ele, e a empresa Starway Locação de Veículos. De acordo com a PF, a empresa seria de fachada e usada para lavar dinheiro do PCC. A transação foi citada no âmbito da Operação Mafiusi, que investiga Wiilian Barile Agati, apontado como um “faz tudo” da facção criminosa. Apesar da citação, o bispo não é considerado investigado no caso.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Bruno Leonardo afirmou que sua igreja apenas realizou uma compra e que há notas fiscais que comprovam a legalidade da transação. “O delegado explicou que a igreja não está sendo investigada. O que existe é: houve compras de várias pessoas para essa empresa e a igreja também comprou alguns automóveis em 2021. Mas existe nota, existe comprovante que prova todas as transações”, declarou.
Ele também citou outras compras feitas pela igreja, como a aquisição de R$ 2 milhões em alimentos para doação ao Rio Grande do Sul. “Eu também não conheço os donos da loja. Nossa equipe foi, olhou, comprou e nós enviamos. Se daqui a alguns anos a empresa estiver com algum envolvimento com coisas ilícitas, nós também estamos envolvidos porque somos clientes?”, questionou.