A mãe de Nainny Darfinny, de 10 anos, denunciou ao Jornal Candeias que sua filha foi vítima de agressão dentro da Escola Rural de Paramirim Bem-Me-Quer, em São Francisco do Conde, motivada por intolerância religiosa. Segundo o relato, um grupo de meninas agrediu Nainny devido à sua religião de matriz africana, além de proferir ameaças e comentários preconceituosos.
Após a denúncia, a mãe foi convocada para uma audiência com a Secretaria de Educação, a direção da escola, o Conselho Tutelar e representantes dos Direitos Humanos. Na ocasião, Nainny foi ouvida e contou tudo o que aconteceu. O Conselho Tutelar está acompanhando o caso, e a Secretaria de Direitos Humanos garantiu que tomaria providências para proteger a criança.
A Secretaria de Educação também se comprometeu a resolver a situação e promover atividades de conscientização dentro da escola. No entanto, segundo a mãe, até o momento os professores não se pronunciaram e permanecem omitindo informações sobre o ocorrido.
“Eu quero saber até quando vão continuar espalhando mentiras e deixando minha filha como se fosse a mentirosa da história. Ela contou tudo o que aconteceu, mas até agora nada mudou”, desabafou a mãe ao Jornal Candeias.
O caso expõe a necessidade urgente de medidas contra a intolerância religiosa nas escolas e ações efetivas para proteger as crianças de qualquer tipo de violência e discriminação. A família segue cobrando justiça e providências concretas das autoridades.