Em janeiro, a produção industrial da Bahia seguiu em alta em relação ao mês anterior, dezembro de 2024 (2,0%), na comparação com ajuste sazonal, após já ter registrado crescimento na passagem de novembro para dezembro (3,0%).
O desempenho foi superior ao registrado no país como um todo, onde houve estabilidade (0,0%), e representou o 4º maior avanço entre os 15 locais com informações disponíveis para essa comparação, ficando atrás apenas do Ceará (7,9%), São Paulo (2,4%) e Rio de Janeiro (2,3%). Por outro lado, sete locais registraram resultados negativos, com destaque para Pernambuco (-22,3%), a região Nordeste como um todo (-4,0%) e o Pará (-3,9%).
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
Na comparação com janeiro de 2024, a produção industrial da Bahia também cresceu (4,3%), registrando o segundo resultado positivo consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior.
Esse avanço ficou acima da média nacional (1,4%) e foi o 3º mais expressivo entre os 18 locais com resultados disponíveis, atrás apenas de Santa Catarina (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,1%). Nove estados tiveram quedas, lideradas por Pernambuco (-15,6%), Rio Grande do Norte (-15,4%) e Maranhão (-11,4%).
Com os resultados positivos no mês, a indústria da Bahia mantém crescimento na produção, acumulando alta de 2,4% nos últimos 12 meses encerrados em janeiro. Esse é o 9º avanço seguido do indicador anualizado.
Apesar disso, o índice baiano ainda está abaixo da média nacional (2,9%) e ocupa apenas a 12ª posição entre os 18 locais pesquisados. Santa Catarina (7,7%), Ceará (6,5%) e Pará (5,4%) apresentaram os maiores crescimentos, enquanto Espírito Santo (-2,5%) e Rio de Janeiro (-0,6%) registraram as únicas quedas.
Crescimento da Produção Industrial Baiana Foi Impulsionado pelo Refino de Petróleo (9,9%)
O crescimento de 4,3% na produção industrial da Bahia em janeiro de 2025, na comparação com janeiro de 2024, foi impulsionado pela alta na indústria de transformação (4,8%, segundo crescimento mensal consecutivo), uma vez que a indústria extrativa registrou sua quarta queda seguida (-4,1%).
Na indústria de transformação, sete das dez atividades analisadas apresentaram crescimento na produção. O maior aumento foi na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (28,6%), segmento que também tem o melhor desempenho no acumulado dos últimos 12 meses (27,4%), embora tenha um peso reduzido na estrutura industrial baiana.
A fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis registrou o terceiro maior crescimento (9,9%, segundo resultado positivo consecutivo) e teve a maior influência no resultado geral da indústria da Bahia, em janeiro. Esse segmento é o de maior peso na estrutura industrial do estado, respondendo por quase um terço do valor gerado pelo setor.
A segunda maior contribuição positiva veio da fabricação de produtos de borracha e material plástico (8,8%, 4ª maior taxa de crescimento). Essa atividade acumula 15 meses seguidos de alta (desde outubro de 2024) e apresenta crescimento expressivo em 12 meses (10,5%).
Por outro lado, entre as três atividades da indústria de transformação que registraram queda em janeiro de 2025 na Bahia, a fabricação de produtos químicos (-4,2%) teve o recuo mais significativo, exercendo a principal pressão negativa sobre a produção industrial do estado. Esse foi o primeiro resultado negativo do segmento após sete altas consecutivas desde junho de 2024.