Nos últimos meses, uma nova e alarmante tática tem sido observada nas ações criminosas em Salvador. Quando a Polícia Militar chega a locais de confronto, os traficantes intensificam o ataque, disparando contra os agentes de segurança de forma agressiva e indiscriminada. O que se tem notado, porém, é uma prática que coloca a vida de inocentes em risco: os criminosos, ao se verem encurralados, atiram em pessoas alheias ao confronto, criando um cenário de terror e, ao mesmo tempo, responsabilizando a PM pela morte de civis.
Este movimento tem sido identificado por especialistas e, embora seja uma estratégia arriscada e cruel dos criminosos, não é nova. Ao atingir civis, os traficantes conseguem frear a ação policial, aproveitando a comoção pública para tentar gerar a sensação de que os agentes de segurança são os culpados pelas mortes. Como resultado, a PM se vê obrigada a justificar suas ações, mesmo quando os laudos de investigação confirmam que as balas disparadas não partem dos policiais, mas sim dos próprios criminosos.
A maior parte dos laudos de necropsia, quando há esse tipo de confronto, revela que a bala fatal não é oriunda da Polícia Militar. No entanto, esse dado nem sempre é amplamente divulgado, o que acaba reforçando a narrativa de que as ações da polícia são, na maioria das vezes, responsáveis pelas mortes de civis inocentes. A realidade é que, muitas vezes, as balas que tiram vidas são disparadas pelos próprios traficantes como parte de sua estratégia de impedir que a polícia aja de forma eficiente.
Esse tipo de tática tem gerado um ciclo vicioso, onde a polícia, por mais que aja de acordo com os protocolos legais e visando a segurança da população, acaba sendo alvo de críticas e, em alguns casos, de processos, enquanto os criminosos continuam suas ações violentas impunemente.
É essencial que a sociedade entenda o contexto em que a polícia está inserida: uma força que, embora sob constante pressão e com recursos limitados, busca garantir a ordem e a segurança. Ao mesmo tempo, é preciso que haja mais transparência e informações claras sobre os fatos, para que a população compreenda que, na maioria das situações, a culpa não é dos policiais, mas sim de uma estratégia perversa adotada pelos criminosos.
A Polícia Militar da Bahia tem se mostrado comprometida com a legalidade e a preservação da vida, e, apesar das críticas que surgem a cada confronto, a corporação segue seu trabalho com rigor e comprometimento, sempre sob o desafio de combater o crime organizado, que utiliza qualquer meio para desestabilizar a ordem pública e colocar em risco a segurança de cidadãos inocentes.