Em jogo com poucas oportunidades de gol, o Vitória segurou o Defensa y Justicia e empatou por 0 a 0, na quinta-feira (10), em duelo válido pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana, na Argentina. Após a partida, o técnico Thiago Carpini elogiou a postura da equipe e considerou o resultado positivo.
“O empate foi de bom tamanho, foi justo. Jogar aqui é muito difícil. Do lado do Vitória, a gente valoriza muito o ponto conquistado”, afirmou Carpini, em entrevista coletiva.
Apesar da escassez de oportunidades, Carpini ressaltou a organização da equipe e vê evolução na busca pela formação ideal. “Tivemos poucas chances reais, mas tivemos o volume, o controle, organização. Isso mostra um caminho, a gente tentando encontrar a formação ideal dentro do que a gente imagina”, explicou.
O treinador ressaltou a dureza do confronto contra os argentinos, que, segundo ele, impuseram um jogo de muita força e duelos físicos. “A gente imaginava o que seria o jogo aqui, a dificuldade que é a Sul-Americana, a dificuldade que é o futebol argentino, um futebol comprometido taticamente. Foi um jogo de poucas chances criadas, assim como é a nossa liga”, avaliou.
Grupo embolado
O comandante Rubro-Negro também projetou os próximos passos do Vitória na competição, confiante na recuperação dentro do grupo. “Nosso grupo ainda está embolado. Temos agora dois jogos no Barradão e precisamos fazer o fator casa, ser eficientes e brigar pelas vagas. O Vitória está reaprendendo a jogar uma competição internacional”, afirmou.
Carpini pontuou que a equipe soube lidar com a pressão dos argentinos, principalmente pela postura cautelosa do Defensa no início do jogo. “Esperava o Defensa pressionando mais alto no primeiro tempo e vi um time respeitando mais a gente. No segundo tempo, acreditei que com mais leveza e profundidade a gente poderia ter vencido a partida”, disse.
Talento e improviso
Além disso, o técnico chamou atenção para a importância do improviso e da qualidade individual em partidas equilibradas. “Quando você joga no campo do adversário, o campo diminui. São 20 atletas jogando em 40 metros. Você precisa do talento, do drible, do improviso, da capacidade de quebrar uma linha. Esse é um dos pontos que precisamos evoluir”, analisou.