O senador Jaques Wagner (PT) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030, “é o melhor candidato da oposição” que o presidente Luiz Inácio Lula da (PT) pode enfrentar diante de uma tentativa de reeleição em 2026. O petista argumenta que a avaliação é devida ao desgaste do ex-mandatário diante investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), destacando-se o inquérito da trama golpista que tramita na Corte.
“Eu até acho que o ex-presidente da República, que está inelegível, é o melhor melhor candidato da oposição para enfrentar. Já teve o desgaste, [ele] tem aquele estilo dele que não agrada muita gente. Eu não estou na torcida para que ele seja preso. Se ele tem culpa no cartório, como tem, como está sendo provado, evidentemente que ele tem que pagar o preço dele”, informou Jaques Wagner nesta sexta-feira (25), em entrevista à Rádio 95 FM.
Questionado pela atração sobre o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos ataques do oito de janeiro de 2023, Jaques Wagner diz ser contra a proposta. O senador pontua que “as pessoas deveriam, primeiro, provar a inocência ao invés de pedir anistia”.
“Eu sou contra a anistia. Eu acho que as pessoas deveriam primeiro provar a inocência ao invés de pedir anistia. Acho que a anistia seria estimular mais do mesmo. Há a pressão daqueles que são do grupo político [do ex-presidente Jair Bolsonaro]”, acrescenta.
O senador criticou ainda comparações feitas por aliados de Bolsonaro com pedidos de anistias feitos no Brasil após o fim da ditadura militar. Para o petista, o termo está sendo “mal utilizado” por bolsonaristas que tentam emplacar a votação do projeto de lei na Câmara dos Deputados.
“A palavra anistia está sendo mal utilizada. Alguns até falam ‘mas já teve anistia em 1979’. Em 1979 estava se encerrando um período ditatorial. Não é o caso do 8 de janeiro de 2023. Os caras foram na marra depredar tudo. Eu não vou torcer para ninguém ser preso, quem é responsável por aquele absurdo tem que pagar sua pena”, finalizou.