O ex-comandante do 24º Batalhão (Brumado), o tenente-coronel Élson Cristóvão Santos Pereira, foi denunciado ao Ministério Público Estadual (MPBA) e à Polícia Militar (PMBA) por uma major e duas soldadas por assédio moral e sexual.
Para os órgãos, as agentes informaram que o tenente-coronel fazia convites, elogios ao corpo e piadas “ousadas”. Os episódios foram relatados em novembro do ano passado. Em janeiro de 2025, a Corregedoria da Polícia Militar instaurou uma sindicância para apurar o caso.
De acordo com informações do Correio, relatos de assédio sexual que teriam sido cometidos pelo então comandate da 24º BPM circularam em grupos de aplicativo de mensagem de policiais militares. As agentes afirmaram não saber a origem das mensagens, mas confirmaram os fatos.
Segundo as policiais, os episódios, que começaram em março de 2024, ocorreram na presença de policiais masculinos. Diante das negativas das Pfens, o tenente-coronel Élson Cristóvão Santos Pereira passou a “assediar moralmente as polícias, desqualificar seus trabalhos, sempre na presença de outras pessoas, policiais e civis, dentro e fora do quartel”.
Uma das vítimas, apontada como coordenadora de Suporte Operacional, revelou que tinha o trabalho enaltecido pelo tenente-coronel, mas que depois ele passou a elogiar o seu corpo. Na denúncia, ela aponta que em uma das conversas que teve com o ex-comandante, ele afirmou que “se a loira quiser, o negão vai aí”.
Procurada pelo subcomandante do batalhão, Marcelo Souza Lima, a major teria escutado que a notícia sobre assédio sexual “consiste em meio para enfraquecer o comando” e que ele não teria presenciado nenhum assédio por parte do então comandante.
Após as denúncias, o tenente-coronel Élson Pereira foi exonerado do cargo de comandante do 24º BPM em sete de dezembro de 2024. No mesmo dia em que deixou a função, foi nomeado como coordenador técnico do Departamento Pessoal da Polícia Militar.