O Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu a prisão do policial e influenciador Alexandre Tchaca por considerar que ele pretendia utilizar a influência que possui nas mídias sociais para “manipular a imprensa e criar uma narrativa favorável ao grupo criminoso”, a fim de criar narrativas para “desestabilizar as investigações”.
As considerações foram feitas pelos investigadores após Tchaca divulgar vídeos nas redes sociais, no final de março, nos quais afirmou sofrer perseguição (veja no final da matéria) – posteriormente, momentos antes de ser preso, divulgou outro vídeo, contanto sobre as supostas tentativas de extorqui-lo. Ele foi detido no âmbito da Operação Falsas Promessas 2, deflagrada pela Polícia Civil.
As informações estão contidas em trecho da investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do MP-BA, e à qual o Aratu On obteve acesso.
Portanto, Tchaca foi o único quatro presos na operação que não teve a prisão decretada por movimentações financeiras irregulares.
O documento obtido confirma a versão dada por Tchaca, que revelou que já tinha conhecimento das investigações contra ele e os suspeitos de integrar grupo criminoso.
O Gaeco realizou interceptações telefônicas em dezembro de 2024 e identificou que Tchaca teve acesso às informações sigilosas e “planejou estratégias de defesa com outros membros da organização criminosa”.
“Durante a escuta, Lázaro [nome de Alexandre Tchaca] afirmou que sabia exatamente a estrutura da representação feita pelo Draco [Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado], indicando vazamento de informações sigilosas e tentativa de obstrução da Justiça (veja abaixo).