“Não me deixaram estacionar. Me obrigaram a passar pela blitz e, quando questionei, fui agredido.” O relato é de um morador de Candeias que, no último sábado (12), foi vítima de violência policial durante uma blitz realizada pelo Esquadrão de Motociclistas Águia na Rua 13 de Maio. O homem, que utiliza muletas e possui 16 pinos na coluna, tentava estacionar seu veículo para ir a um comércio local quando foi impedido pelos agentes. Ao tentar dialogar, foi agredido fisicamente e precisou ser socorrido pelo SAMU.
A cena gerou revolta entre testemunhas e reacendeu as críticas da população sobre a forma como as blitzes estão sendo conduzidas na cidade. Moradores afirmam que não são contra as operações, mas cobram que elas ocorram de forma legal, respeitosa e sem truculência.
Outro ponto de indignação recorrente tem sido o bloqueio de vias importantes sem a devida sinalização ou autorização prévia, o que fere o Código de Trânsito Brasileiro. Um exemplo citado é o fechamento da Rua 2 de Fevereiro — via estratégica que dá acesso direto ao Hospital Luiz Viana filho.
O que diz a legislação
Segundo o Art. 95 do Código de Trânsito Brasileiro, qualquer interdição de via pública precisa ser previamente autorizada e sinalizada. Já a Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019) proíbe o uso de violência ou constrangimento por parte de agentes públicos, exceto em situações previstas em lei e com uso proporcional da força.
População pede providências
Moradores pedem que a Polícia Militar reveja os métodos adotados nas blitzes em Candeias e que haja responsabilização em casos de excesso. Também esperam uma posição da Câmara Municipal diante das denúncias de abuso.
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