Nove policiais militares da Bahia estão entre os 24 presos na “Operação Falsas Promessas 2”, deflagrada nesta quarta-feira (9) pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD). Eles são suspeitos de envolvimento em um esquema de rifas ilegais realizadas por meio das redes sociais, com indícios de lavagem de dinheiro e movimentação milionária. A operação foi executada em Salvador, na região metropolitana, em cidades do interior baiano e também em São Paulo. Ao todo, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares.
Entre os militares investigados estão os soldadosAdilson Prazeres Barbosa, Valdomiro Maximiano dos Santos, Jeferson Silva França, Lázaro Alexandre Pereira de Andrade (conhecido como Alexandre Tchaca) e Almir Witzlebem Barradas Neto; os sargentos Antonio Cesar de Jesus e Fernando Ferreira dos Santos; e os cabos Edson Paim de Oliveira Junior e Alan dos Santos Soiza. O sargento Fernando Ferreira dos Santos, que está na reserva, ainda não foi localizado pela polícia. Já o soldado Jeferson Silva França se apresentou espontaneamente à Corregedoria da PM.
Durante a ação, a polícia apreendeu cinco armas de fogo, 27 veículos (sendo 15 em Salvador e 12 no interior), relógios de luxo, R$ 14 mil em espécie, celulares, munições e notebooks. A Justiça também autorizou o bloqueio de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ investigado, totalizando R$ 680 milhões em bens e valores relacionados ao esquema.
Entre os presos, está Lázaro Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, policial com forte presença nas redes sociais, onde acumula mais de 169 mil seguidores. Ele também é apresentador de um podcast com temática policial e foi candidato a vereador em 2024, mas não conseguiu se eleger.
Em março deste ano, Tchaca chegou a publicar um vídeo em que alegava estar sendo alvo de uma armação. Segundo ele, desde novembro de 2024 já havia tomado conhecimento sobre mandados de busca e citou o vazamento de documentos que indicavam seu nome e o de outros policiais em um processo sob sigilo de Justiça. “A depender das cenas dos próximos capítulos, eu vou largar nomes… porque vou cair atirando”, afirmou na gravação.