De janeiro para fevereiro de 2025, as vendas do varejo na Bahia apresentaram variação positiva de 0,2%, após a queda registrada entre dezembro e janeiro (-0,1%), nessa comparação livre de influências sazonais (ou seja, desconsiderando efeitos de datas comemorativas, como Natal e Páscoa).
O desempenho baiano ficou abaixo da média nacional, onde o comércio varejista cresceu 0,5% no período, com altas em 21 das 27 unidades da Federação, lideradas por Rondônia (5,2%), Sergipe (3,7%) e Amazonas (3,4%). O resultado da Bahia foi o 19º entre os estados.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
Na comparação entre fevereiro de 2025 e o mesmo mês de 2024, as vendas do varejo na Bahia também cresceram, com alta de 3,5%. Esse foi o 28º resultado positivo consecutivo nessa base de comparação, com avanços registrados mês a mês desde novembro de 2022.
Nesse indicador, a Bahia superou o desempenho do Brasil como um todo, onde as vendas cresceram 1,5%. Ainda assim, o estado teve apenas o 12º maior crescimento entre as 27 unidades da Federação. No total, 20 estados registraram aumento nas vendas, com destaque para Amapá (9,7%), Amazonas (7,4%) e Rio Grande do Sul (6,9%).
Com esses resultados, as vendas do comércio varejista da Bahia cresceram 2,2% no primeiro bimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior — resultado próximo da média nacional (2,3%) e o 15º entre os estados. Amapá (12,0%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Santa Catarina (7,2%) lideraram.
No acumulado dos 12 meses encerrados em fevereiro, as vendas do varejo baiano mantêm trajetória de crescimento, com alta de 5,5%, acima do indicador nacional (3,6%). O estado ocupa a 8ª posição no ranking nacional, que tem 26 estados em alta, liderados por Amapá (16,4%), Paraíba (10,8%) e Rio Grande do Sul (8,3%). Apenas o Mato Grosso apresentou queda (-1,1%) nessa base de comparação.
Supermercados e farmácias impulsionam resultado positivo na Bahia
Em fevereiro, o resultado positivo das vendas na Bahia em relação ao mesmo mês de 2024 (3,5%) foi puxado por aumentos em 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui veículos, material de construção e atacarejos).
As vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram o menor crescimento (3,2%), mas deram a principal contribuição para o avanço do varejo, por serem o segmento de maior peso na estrutura comercial do estado. Foi o 21º mês consecutivo de alta nas vendas desse grupo, em crescimento desde junho de 2023.
Com o maior avanço entre os segmentos, as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos cresceram 10,2% e deram a segunda maior contribuição positiva para o resultado geral. Esse setor acumula 23 meses seguidos de crescimento, desde abril de 2023, e registrou o maior crescimento acumulado no primeiro bimestre de 2025 (8,6%).
Por outro lado, entre as três atividades que apresentaram queda em fevereiro, as que mais impactaram negativamente o varejo baiano foram equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-43,3%, a maior retração), e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,6%).
As vendas de equipamentos para escritório voltaram a cair, após a alta de 48,4% registrada em janeiro. Já o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico (que inclui grandes varejistas online) teve o primeiro recuo após 13 meses seguidos de crescimento, desde janeiro de 2024.
Varejo ampliado recua frente a janeiro, mas cresce em relação a fevereiro de 2024
Na Bahia, as vendas do varejo ampliado caíram 0,8% de janeiro para fevereiro, após duas altas consecutivas nessa base de comparação com ajuste sazonal. O desempenho foi inferior ao nacional, que registrou queda de 0,4%. A Bahia ficou com o 19º melhor resultado entre os estados.
Na comparação com fevereiro de 2024, no entanto, as vendas do varejo ampliado voltaram a crescer (0,5%), após a queda registrada em janeiro (-0,4%). Ainda assim, o crescimento foi inferior ao do país (2,4%) e o 21º entre os estados. Ao todo, 22 unidades da Federação apresentaram alta nessa comparação.
O varejo ampliado inclui, além das atividades do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo (os chamados “atacarejos”), para os quais não é possível separar com precisão o que é varejo e o que é atacado.
Frente a fevereiro de 2024, apenas o atacado de alimentos teve queda expressiva (-26,0%), acumulando o sétimo resultado negativo consecutivo (em queda desde agosto de 2024).
As vendas de veículos subiram 18,0%, mantendo sequência positiva desde abril de 2024. Já o material de construção cresceu 2,4%, após queda de -3,2% registrada em janeiro, retomando a trajetória de crescimento.
No primeiro bimestre de 2025, as vendas do comércio varejista ampliado na Bahia ficaram estáveis (0,0%) em relação ao mesmo período de 2024. O resultado foi inferior ao nacional, que registrou alta de 2,3%, e colocou o estado na 22ª posição entre os 27.
No acumulado de 12 meses até fevereiro, as vendas do varejo ampliado baiano cresceram 4,0%, acima da média nacional (2,9%) e com o 15º maior resultado entre os estados. Ao todo, 23 unidades da Federação registraram aumento no período.