O ex‑presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o hospital neste domingo (4), após passar 21 dias internado em Brasília. Ele foi submetido a um procedimento cirúrgico de 12 horas para tratar uma obstrução intestinal.
Na última segunda (12), enquanto cumpria agendas em Santa Cruz, no interior de Natal, Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais e precisou de atendimento de urgência. No dia seguinte, no final da tarde de sábado (12), ele mesmo, em conjunto com sua família, solicitou a transferência para Brasília, conforme relatório médico divulgado na ocasião.
Pelas redes sociais, o ex‑presidente atribuiu as dores à facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Segundo um dos cirurgiões responsáveis, o procedimento — chamado de laparostomia exploratória — foi o mais longo dos seis que ele já realizou em função daquele ferimento, e teve por objetivo liberar aderências no intestino delgado causadas por uma dobra que provocou a obstrução.
Em coletiva realizada no dia seguinte à operação, o Dr. Leandro Echenique descreveu a cirurgia como “extremamente complexa e delicada”, mas com “resultado excelente”. O médico‑chefe, Cláudio Birolini, acrescentou que a parede abdominal do paciente estava “bastante danificada”.
Durante a recuperação, Bolsonaro passou por várias sessões diárias de fisioterapia motora, compartilhadas em suas redes sociais. “A fisioterapia motora segue firme todos os dias, objetivando a prevenção contra trombose e a recuperação muscular”, afirmou em uma postagem. Conforme relatado, os primeiros sinais de retorno da movimentação intestinal surgiram em 22 de abril, sem expectativa de evolução rápida do quadro, segundo os médicos.