Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação calculada pelo IBGE, registrou a segunda desaceleração consecutiva na Região Metropolitana de Salvador (RMS), ficando em 0,16%. Além de estar abaixo do índice de março (0,41%), esse foi o menor valor para o mês de abril na RMS em quatro anos, desde 2021, quando o IPCA havia sido de 0,09%.
A inflação de abril na RMS ficou bem abaixo da média nacional (0,43%) e foi a quarta menor entre os 16 locais pesquisados separadamente pelo IBGE. Todos os locais tiveram aumentos médios de preços, com destaque para as regiões metropolitanas de Porto Alegre/RS (0,95%) e Fortaleza/CE (0,60%), além do município de Campo Grande/MS (0,60%).
Com o resultado do mês, o IPCA da RMS acumula alta de 2,34% entre janeiro e abril de 2025. O índice passou a ficar abaixo da média nacional (2,48%) e ocupa agora a 10ª posição entre as 16 áreas pesquisadas. Aracaju/SE (3,06%), Porto Alegre/RS (3,00%) e Grande Vitória/ES (2,75%) lideram o ranking.
Nos 12 meses encerrados em abril, a inflação na RMS acumulou alta de 5,13%, após primeira desaceleração em sete meses (em março, era de 5,63%). Com isso, passou também a ficar abaixo da média nacional (5,53%) e ocupa a 12ª posição no comparativo nacional.
A inflação de abril na Região Metropolitana de Salvador foi influenciada por aumentos em 7 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. O maior aumento foi no grupo saúde e cuidados pessoais (1,50%), com destaque para os medicamentos (3,26%), que subiram após reajuste autorizado em 31 de março.
Entre os remédios, os que combatem pressão alta e colesterol elevado (hipotensores e hipocolesterolêmicos) tiveram aumento médio de 5,40%, sendo os principais responsáveis pela elevação do custo de vida na região.
O grupo alimentação e bebidas teve aumento de 0,55%, abaixo da alta de março (0,96%), mas ainda assim foi a segunda maior contribuição para a inflação do mês devido ao seu peso no índice. Os alimentos consumidos em casa subiram 0,47% e a alimentação fora, 0,82%.
Dentre os alimentos, os maiores aumentos foram registrados no tomate (10,47%, maior alta entre todos os itens), batata-inglesa (10,40%), banana-da-terra (6,35%), café moído (4,93%) e leite em pó (4,27%). A refeição fora de casa também teve contribuição significativa para o índice.
Apesar da menor inflação em alimentos desde outubro de 2024 (quando foi de 0,49%), seis dos dez itens com maiores altas em abril foram alimentos.
As duas deflações de abril ocorreram em grupos com grande peso no orçamento familiar: transportes (-1,27%) e habitação (-0,22%).
Os principais responsáveis por essas quedas foram as passagens aéreas (-21,1%, maior deflação do mês), gasolina (-2,21%), gás de botijão (-2,32%) e energia elétrica residencial (-0,07%).
Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação de famílias com rendimentos de até 5 salários mínimos, também teve a segunda desaceleração consecutiva na RMS, ficando em 0,22% (abaixo do 0,36% de março).
O índice também ficou abaixo da média nacional (0,48%) e foi o terceiro menor entre os 16 locais pesquisados, ficando à frente apenas de Brasília/DF (0,01%) e da RM do Rio de Janeiro/RJ (0,21%).
No acumulado de janeiro a abril de 2025, o INPC da RMS registra alta de 2,57%, ainda acima da média nacional (2,49%) e é o 7º maior do país. Nos 12 meses encerrados em abril, acumula alta de 4,99%, ocupando a 12ª posição e ficando abaixo da média nacional (5,32%).