O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (2). Ele se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, às 16h, para oficializar a saída.
A decisão ocorre em meio à crise envolvendo fraudes em aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Segundo informações do portal Poder360, Lupi foi aconselhado por aliados do PDT a deixar o cargo para tirar o foco da crise, com a orientação de reforçar o discurso de que os problemas começaram ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nos bastidores do Planalto, a avaliação é de que a permanência do ministro mantém o governo no centro de uma crise de imagem, independentemente de sua responsabilidade direta pelas irregularidades.
Documentos do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) — presidido por Lupi — revelam que ele foi alertado em junho de 2023 sobre o aumento de descontos não autorizados em aposentadorias, mas só levou o tema à pauta oficial quase dez meses depois, em abril de 2024, segundo informação divulgada pelo Jornal Nacional, da TV Globo..
O governo já sinalizou que pretende restituir os aposentados prejudicados pelas fraudes, mas ainda não apresentou um plano claro de como isso será feito.