A Bahia registrou em 2024 o maior número de mortes no trânsito dos últimos 25 anos. Foram 2.993 vítimas fatais em Acidentes de Transportes Terrestres (ATT), o que representa uma média de oito óbitos por dia e um aumento de 5,1% em relação ao ano anterior.
Os dados são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), que aponta que o estado atingiu uma taxa de 20,2 mortes a cada 100 mil habitantes — a maior desde o ano 2000. No período de 2000 a 2024, mais de 50 mil pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas e vias urbanas baianas.
Além dos óbitos, os acidentes geraram 15.800 internações no Sistema Único de Saúde (SUS), com custo médio de R$ 1.119,45 por paciente e tempo médio de internação de 4,7 dias. Destes casos, 195 resultaram em morte durante o atendimento hospitalar.
Ainda segundo o levantamento, 80% das vítimas fatais eram homens. A faixa etária com maior número de óbitos foi entre 35 e 44 anos, representando 23% dos casos. Metade das mortes aconteceu em vias públicas.
Quando analisados os tipos de acidentes, os motociclistas lideram com 39% das mortes, praticamente empatados com os ocupantes de veículos (39,6%). Pedestres representaram 14% das vítimas fatais.
Um dado alarmante é o aumento expressivo nas internações por acidentes com motocicletas. Em 2024, foram 12.888 casos, número 117% maior que os 5.949 registrados em 2014, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). Especialistas atribuem o crescimento à ampliação da frota de motocicletas no estado.