Uma denúncia grave chegou a redação do JC e mostra os bastidores do Partido dos Trabalhadores em Candeias às vésperas do Processo de Eleição Direta (PED) do partido, marcado para este domingo. Segundo informações, o candidato a presidente do PT local, Geo Abençoado, estaria utilizando veículos pertencentes à Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento) para transportar funcionários contratados e filiados ao partido a um evento de apoio político em sua campanha. Geo é o candidato apoiado pela ex-vice prefeita Marivalda da Silva. Uma gravação de um dos funcionários, está sendo analisado pelo jurídico do Jornal e promete revelar detalhes da trama ainda hoje.
Os veículos da Embasa estariam sendo utilizados para levar trabalhadores contratados através da empresa terceirizada FLEN, que presta serviços à Embasa em Candeias, para a sede da Sindiquimica, onde, no momento, estão reunidos nomes pré-históricos do PT municipal, como Marivalda Silva, ex-vice-prefeita, candidata a prefeita de Candeias derrotada nas últimas eleições. O atual presidente do PT Geo, chegou a desfiliar petistas que negou apoio a sua candidatura.
Fontes relatam que Marivalda, que atualmente tem forte influência na estrutura local da Embasa, foi responsável pela indicação do atual gerente da unidade em Candeias, além de ter garantido a contratação de diversos parentes e aliados por meio da terceirizada, incluindo suas irmãs e seu filho.
A denúncia mostra o uso indevido da máquina pública estadual para fins partidários, o que pode configurar crime eleitoral e ato de improbidade administrativa. “É gravíssimo que um candidato use um carro de uma empresa pública estadual para benefício eleitoral. Isso é crime e precisa ser investigado imediatamente”, afirmou um militante petista que preferiu não se identificar. A gerência da Embasa local, não respondeu a reportagem, o que o carro da empresa fazia levando funcionários ao encontro de Geo Abençoado e Marivalda dentro da sede do Sindiquimica, onde irá ocorrer a eleição amanhã.
A utilização de bens públicos para favorecer candidaturas fere diretamente a legislação brasileira, podendo resultar em responsabilização criminal e administrativa de gestores, além de punições ao partido em caso de comprovação. O caso também coloca em xeque a lisura do processo eleitoral interno do PT, que ocorre amanhã em todo o país.
Até o momento, nem a Embasa, nem o Sindiquimica e nem o candidato Geo Abençoado se manifestaram oficialmente sobre as acusações. A redação acompanha o caso e reforça que o espaço está aberto para manifestação das partes citadas.