O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, voltou a criticar o grupo político que governa a Bahia há quase duas décadas. Em entrevista à Rádio Metrópole nesta quinta-feira (31), Neto afirmou que o PT se acomodou no poder e se comporta como “dono do pedaço” após 20 anos à frente do governo estadual.
“Depois de 20 anos, os caras se acomodam, já se acham meio que dono do pedaço, tanto que ficam nessa especulação de chapa puro sangue”, afirmou, ao defender que a Bahia precisa de uma alternância de poder para respirar novos ares.
Durante a conversa com o radialista Mário Kertész, ACM Neto reafirmou o desejo de disputar novamente o governo do estado em 2026, enfrentando diretamente o governador Jerônimo Rodrigues (PT), que tentará a reeleição.
“Em 2026, a eleição será disputada por Jerônimo Rodrigues, a primeira que nós vamos disputar contra ele mesmo. E aí é óbvio que serão cobrados de Jerônimo Rodrigues todos os problemas vividos pela Bahia no momento atual, especialmente os graves problemas do seu governo”, disse.
O ex-prefeito destacou que o desejo de se candidatar novamente não está ligado a vaidade pessoal, mas sim a um senso de responsabilidade com o povo baiano.
“Eu sempre tive esse sonho de governar a Bahia, de dar minha contribuição ao meu estado, mas o que me move nesse momento não é nada pessoal, não é uma questão de vaidade […]. Hoje eu sinto que existe uma responsabilidade com os baianos. Essa necessidade de começar uma nova história depois de 20 anos, ela é importantíssima, ela é saudável para a Bahia.”
Por fim, Neto ironizou a ausência de resultados da atual gestão e disse acreditar que pode fazer um governo melhor que o de Jerônimo. “Gente, não é possível. Eu fico me perguntando assim: poxa, será que não tem ninguém nesse estado que possa trabalhar melhor no governo que Jerônimo Rodrigues? E aí quando eu penso dessa forma, eu digo: porra, eu acho que eu posso fazer muito melhor do que ele está fazendo.”
E completou: “Eu não vou esconder de você: eu quero ser candidato a governador.”