Apontado como tesoureiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), Alex Amaro de Oliveira, conhecido como Barba, foi preso enquanto dormia em um apartamento de alto padrão no bairro do Morumbi, zona oeste de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, ele lucrava até R$ 150 mil por dia com três pontos de tráfico de drogas na capital paulista.
A prisão foi realizada por agentes da 2ª Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), de Santos, no litoral, e é um desdobramento de investigações sobre a atuação da facção na Baixada Santista. A operação também resultou na prisão de um funcionário de Barba, que, de acordo com a polícia, o ajudava a repassar valores do tráfico para a cúpula do PCC.
De acordo com o delegado Leonardo Rivau, responsável pelas investigações, o criminoso “recebeu” os pontos de tráfico como uma espécie de concessão da organização. “Vamos pensar que os pontos de tráfico de drogas são como ‘franquias’ para o PCC”, afirmou. “[Nas anotações] dava para ver que tinha a movimentação de R$ 40 a R$ 50 mil. E esse dinheiro é dele.”
Anotações encontradas no apartamento indicam que Barba operava três pontos simultâneos, com lucros diários que, somados, alcançavam até R$ 150 mil. No momento da prisão, ele estava dormindo com a esposa e os quatro filhos menores de idade e não ofereceu resistência.
Segundo Rivau, o padrão de vida elevado do suspeito chamou atenção durante as investigações. “Quando a gente identificou o vínculo dele com o pessoal da Baixada Santista, percebeu que ele tinha um padrão de vida alto. Foi visto com um veículo BMW, depois com um Range Rover Evoque, e agora estava usando um Tesla. Sempre carros acima de R$ 300 mil”, disse o delegado.