O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, voltou a criticar a situação da violência na Bahia e disse que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) não enfrenta o problema. Durante entrevista coletiva concedida neste sábado (16), no município de Antônio Cardoso, onde participa da tradicional Festa de São Roque, Neto afirmou que o problema da insegurança só será resolvido com a mudança no comando do governo estadual.
“Olha, para mudar a situação da insegurança e da violência na Bahia, a primeira coisa é mudar o governador. Não tem jeito. Com Jerônimo Rodrigues, a gente não vai consertar essa situação, porque Jerônimo não tem autoridade, liderança, presença, comprometimento. Jerônimo não enfrenta o problema. Ao contrário, procura culpados e desculpas, fica toda hora com um discurso vazio, chega para falar que a Bahia vive uma situação de paz e tranquilidade ou que os problemas são de todo o Brasil ou do mundo. Nunca a responsabilidade é dele”, criticou.
Segundo Neto, o governador é a principal figura capaz de reverter o quadro da violência, mas, na sua avaliação, falta comprometimento e liderança. Ele citou como exemplo outros estados do país que avançaram na redução da criminalidade e destacou medidas que poderiam ser adotadas.
“Então, é possível com inteligência, com planejamento e com, acima de tudo, o envolvimento do governador, você ter um quadro diferente em relação à segurança pública no Estado. Agora, repito, não vejo um caminho possível, senão o de mudarmos o governador”, salientou Neto.
O ex-prefeito da capital apontou que existem, sim, caminhos para enfrentar o problema e reduzir os índices de criminalidade que tanto têm preocupado o povo da Bahia e citou diversas medidas que, inclusive, já são adotadas por outros estados que conseguiram reduzir a violência.
“O caminho existe. E alguns estados do Brasil já mostraram isso. O caminho de você reforçar a polícia, de você dar condições de trabalho aos policiais, de contratar novos policiais para reforçar o quadro da segurança pública, de você ter uma infraestrutura adequada, viaturas rodando, delegacias funcionando, presídios que sejam espaço para punir bandidos e não para o bandido fazer o que quer, como a gente tem visto acontecer na Bahia, ou mesmo para fugir, como também tem ocorrido em Salvador, no interior”, completou.
