Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF), que determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (4/8), sobe para quatro o número de ex-presidentes da República que foram presos desde a redemocratização, em 1985. Antes de Bolsonaro, outros três chefes do Executivo foram detidos: Lula, Michel Temer e Fernando Collor de Mello.
Lula foi preso em abril de 2018 após condenação em segunda instância no caso do triplex do Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato. Cumpriu 580 dias de pena na sede da Polícia Federal em Curitiba até ser solto em novembro de 2019, após decisão do STF.
Michel Temer, por sua fez, foi preso preventivamente em março de 2019, também em desdobramentos da Lava Jato, acusado de liderar uma organização criminosa e desviar recursos públicos. Ele foi solto dias depois por decisão do Superior Tribunal de Justiça.
Fernando Collor foi condenado em 2023 pelo Supremo Tribunal Federal a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Corte determinou a execução imediata da pena em regime fechado. Collor recorre, mas a decisão do STF é definitiva, com início de cumprimento já estabelecido.
Agora, Jair Bolsonaro passa a cumprir prisão domiciliar por ordem de Moraes, que apontou descumprimento de medidas cautelares anteriormente impostas. A decisão foi motivada pela participação remota de Bolsonaro em um ato no Rio de Janeiro, realizado no domingo (3/8), que acabou sendo divulgada nas redes sociais por seus filhos, Flávio e Carlos Bolsonaro.
Desde a redemocratização, sete pessoas ocuparam a Presidência da República no Brasil. Quatro delas, agora, têm histórico de prisão.