A saída do técnico Fábio Carille do comando do Vitória, anunciada nesta terça-feira (26), vai além de uma simples troca de treinador. Para a jornalista Rafaela Reina, a decisão apenas escancara os problemas crônicos que o clube carrega em 2025.
Segundo a análise, a contratação de Carille já mostrava sinais de incompatibilidade desde o início. Seu estilo de jogo não se encaixava no elenco e tampouco no modelo de time que a diretoria rubro-negra vinha tentando montar. “Mas nem mesmo um treinador do calibre de Pep Guardiola seria capaz de resolver os erros estruturais”, avalia Rafaela.
O diagnóstico é duro: o maior problema está no planejamento da diretoria. A temporada foi marcada por uma sequência de frustrações e vexames:
• Vice-campeonato estadual diante do Bahia;
• Eliminação para o Náutico dentro do Barradão;
• Campanha apagada na Copa Sul-Americana, sem vencer em casa contra um grupo considerado acessível;
• Queda diante do Confiança, novamente em Salvador;
• E, por fim, uma das maiores goleadas sofridas pelo clube na história do Campeonato Brasileiro.
Para a jornalista, a queda de Carille não é a causa, mas o reflexo da crise. O Vitória, que vinha tentando reconstruir sua imagem após anos de altos e baixos, volta a viver um momento de turbulência. O futuro dependerá não apenas de um novo nome no banco de reservas, mas, principalmente, da capacidade da diretoria de reestruturar o planejamento esportivo.