O clima ficou tenso nas comunidades do Fubá e Campinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, depois que Eweline Passos Rodrigues, conhecida como “Diaba Loira”, foi morta nesta sexta-feira (15) durante um confronto entre integrantes do Comando Vermelho (CV) e do Terceiro Comando Puro (TCP).
Poucas horas após a morte, um homem que se apresenta como irmão da criminosa usou as redes sociais para prometer vingança.
“Eu sei bem quem está envolvido e não ficará assim. A partir de agora é guerra contra os ‘ursos’”, publicou, em referência ao apelido usado para o Comando Vermelho.
O suposto irmão também afirmou que vai divulgar fotos dos responsáveis pelo crime.
De facção rival e jurada de morte
Ex-integrante do CV, Eweline havia migrado para o TCP e passou a ser considerada uma “cabeça cara” pelo grupo rival. Desde então, vivia sob constante ameaça. Em julho, surgiram informações de que ela estaria escondida na Bahia para evitar a execução.
Conhecida por ostentar fuzis e pistolas nas redes sociais e publicar frases provocativas como “Não me entrego viva, só saio no caixão”, a “Diaba Loira” colecionava inimigos e recebia mensagens diárias com ameaças de morte.
Natural de Santa Catarina, Eweline sobreviveu a uma tentativa de feminicídio quando um ex-companheiro perfurou seu pulmão. Após o ataque, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se aproximou do tráfico e ganhou espaço dentro das facções.