A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu dois pontos percentuais e está em 51%, enquanto a aprovação subiu três pontos e chegou a 46%, segundo pesquisa Quaest/Genial Investimentos divulgada nesta quarta-feira (20). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Na última pesquisa, em julho, 53% desaprovavam o governo e 43% aprovavam. O novo levantamento aponta, portanto, a menor diferença entre os indicadores desde janeiro de 2025, quando houve empate técnico (49% a 47%). O maior distanciamento havia sido registrado em maio, com 17 pontos de diferença.
Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, a melhora na avaliação está ligada à percepção de queda nos preços dos alimentos e à resposta de Lula ao tarifaço imposto pelo governo Donald Trump sobre exportações brasileiras.
“A combinação de fatores econômicos e políticos favoreceu a melhora da avaliação. Houve alívio no custo de vida com a redução da inflação dos alimentos e uma percepção positiva da postura firme do presidente diante das tarifas dos EUA”, explicou Nunes.
Resultados por segmentos
O levantamento mostra que Lula voltou a ter maior aprovação entre beneficiários do Bolsa Família (60%), católicos (54%), pessoas com até o ensino fundamental (56%) e moradores do Nordeste (60%). Também houve melhora entre homens e idosos acima de 60 anos, segmentos que vinham registrando maior desaprovação.
No Sudeste e no Sul, a gestão continua sendo mais rejeitada: 55% e 61%, respectivamente. Já em São Paulo, a aprovação subiu de 29% para 34%.
Entre os evangélicos, a desaprovação caiu de 69% para 65%, enquanto a aprovação oscilou para 31%.
Impacto do tarifaço
A pesquisa também mediu a percepção da população sobre as tarifas impostas por Trump a produtos brasileiros. Para 51% dos entrevistados, a medida tem motivação política; 64% acreditam que as tarifas vão aumentar os preços dos alimentos no país.
Quando questionados sobre a avaliação global da gestão Lula, 31% classificaram como positiva, 39% como negativa e 27% como regular.
A pesquisa foi realizada entre 13 e 17 de agosto, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.