O projeto para a construção de uma ferrovia entre Salvador e Feira de Santana foi aprovado, na última quinta-feira (21), na análise de viabilidade técnica, econômica e ambiental da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e seguiu para a mesa do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).
Agora, o Ministério do Transportes deve avaliar se o projeto é compatível com a política nacional de transporte ferroviário, para decidir se recursos públicos podem ou não ser aportados na construção do modal. O custo das obras está estimado em R$ 6,8 bilhões.
A ferrovia Salvador-Feira é um projeto elaborado pela empresa TIC Bahia, liderada pelo empresário Osvaldo Ottan, pelo engenheiro Danilo Silva e pelo advogado Ronaldo Mendes. A ideia é reduzir o tempo de viagem entre as cidades de 1 hora e 11 minutos para apenas 35 minutos, atendendo a até 85 mil passageiros por dia.
Seriam 98 km de linha férrea, com trens de passageiro a até 160 km/h e trens de carga circulando em no máximo 120 km/h, facilitando o escoamento de produtos nos portos da Região Metropolitana de Salvador.
Elaborado sob a supervisão do engenheiro Danilo Silva, o projeto prevê também dez estações ferroviárias, sendo oito paradas para passageiros e outras duas para o escoamento de cargas.
Uma estação seria instalada no bairro de Águas Claras, em Salvador, em integração com o VLT, com o metrô e com a nova rodoviária da capital. Saindo de lá, o trem ainda passaria por Simões Filho, Candeias, São Sebastião do Passé, Santo Amaro e Conceição do Jacuípe, chegando a Feira de Santana, onde estariam mais duas paradas: Noide Cerqueira e Contorno.