O Ministério Público do Paraná (MP-PR) abriu uma investigação contra Igor Gutierrez Freitas, filho do ex-boxeador Acelino “Popó” Freitas, e o empresário Rodrigo Rossi para apurar uma tentativa de manipulação de resultado na Série C do Campeonato Brasileiro.
Ambos foram alvos da Operação Derby, deflagrada na sexta-feira (12), com mandados de busca cumpridos em Salvador e Itapema (SC).
De acordo com a investigação, os suspeitos teriam oferecido R$ 15 mil a jogadores do Londrina para que um deles recebesse cartão amarelo até os 27 minutos da partida contra o Maringá, realizada em abril deste ano.
O clube informou que os atletas recusaram a proposta e denunciaram o caso à diretoria, que acionou a CBF, a Federação Paranaense de Futebol e o próprio MP-PR.
“Três jogadores vêm até mim e me reportam que foram aliciados. Obviamente isso assusta na hora. Eu de pronto chamei Paulo [Assis], que era o CEO à época, e a gente acionou a Federação Paranaense na mesma hora. Eles nos passaram um departamento da CBF para oferecer a denúncia. A gente formalizou isso na segunda-feira, logo após o jogo do Maringá”, disse Lucas Magalhães, executivo de futebol do Londrina ao G1.
Segundo os autos do processo divulgado pelo G1 Esporte, o contato inicial foi feito por Igor Freitas por meio do Instagram. Em seguida, Rodrigo Rossi teria reforçado a proposta em mensagens de áudio enviadas a um dos jogadores.
Durante a partida em questão, dez cartões foram aplicados, sendo quatro ao Londrina, três deles antes dos 27 minutos. Nenhum dos jogadores abordados recebeu punição disciplinar no jogo.
O MP-PR avalia denunciar os investigados com base no artigo 199 da Lei Geral do Esporte, que prevê pena de dois a seis anos de prisão, além de multa, para quem tentar alterar ou falsear o resultado de uma competição.
As defesas de Igor Freitas e Rodrigo Rossi não se manifestaram sobre o caso.