Convocado pela primeira vez pela Seleção Brasileira, o volante Jean Lucas exaltou o técnico italiano Carlo Ancelotti. O jogador do Bahia se apresentou ao time Canarinho nesta segunda-feira (1º) na Granja Comary, para os preparativos visando o jogo contra o Chile, na quinta (4), pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
“Nem nos meus melhores sonhos eu ia imaginar isso. Para mim, ele é o maior treinador da história, que conquistou grandes coisas e treinou o melhor clube do mundo. É uma honra estar aqui tendo essa experiência com ele, já tive o primeiro contato hoje. Ele conversou comigo, me perguntou como eu estava. Só tenho a aprender e crescer com ele. É um excelente treinador e acho que vai me ajudar muito”, afirmou em entrevista à CBF TV.
Jean Lucas havia sido convocado para a seleção olímpica sub-23 em 2019 e participou de um período da preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que aconteceram em 2021, por conta da pandemia do novo coronavírus. Na época, ele atuava pelo Santos. O atleta falou da evolução que teve no Bahia, onde está desde o ano passado, que segundo ele, foi determinante para a sua convocação pelo time principal do Brasil.
“Mudou bastante coisa. O Jean de 2019, seis anos atrás, era um moleque brincalhão. Sou ainda, mas hoje eu tenho muito mais responsabilidade”, disse. “O Bahia abriu as portas para mim no ano passado. Conversei com o professor Rogério Ceni antes de ir e ele falou que eu ia ajudar muito e fazer muitos gols com ele, e ele disse que iria me ajudar também e que iam montar um elenco para brigar no Campeonato Brasileiro. Tenho uma eterna gratidão ao Bahia, obrigado por tudo. Vou ser eternamente grato por tudo que o Bahia fez e faz por mim. Se hoje cheguei aqui, foi por conta do Bahia”, completou.
No auge onde todo jogador de futebol sonha chegar, o volante ainda relembrou as dificuldades que passou na infância. O atleta nasceu no Rio de Janeiro e começou a dar os primeiros chutes no Nova Iguaçu.
“Na época eu estava no Nova Iguaçu e tinha um cara que me pegava em Campo Grande, me levava para Nova Iguaçu e tínhamos que pagar R$ 150 por mês. Na maioria das vezes, meu pai não tinha dinheiro, ficava devendo e deixava para depois, aí eu falei: ‘Deixa, a gente vai se virar aqui, eu vou sozinho’”, contou. “Comecei a ir para Nova Iguaçu bem novo, tinha 12, 13 anos, e ir de Campo Grande para Nova Iguaçu era um pouco de chão. Eu pegava três conduções, um ônibus, uma van e um trem e andava 40 minutos até o CT, porque eu não tinha dinheiro da passagem, então meu pai e minha mãe já fizeram de tudo. Já venderam roupa, meu pai já vendeu salgado, já fizeram de tudo para realizar o meu sonho de ser jogador de futebol”, finalizou
