O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, comentou na última quinta-feira (25/09) sobre a necessidade de regulamentar os paredões de som e a prática de grau, manobras radicais com motocicletas, para reduzir impactos sociais e sobrecarga do sistema de saúde.
Segundo ele, os municípios devem criar espaços específicos para essas atividades. “Quem quiser praticar paredões, o município tem que regulamentar e tirar um espaço específico. Não pode ser feito onde há pessoas idosas, pessoas com autismo ou adoecidas. Que se crie um ambiente onde só vai quem gosta, como acontece com o futebol em um estádio”, disse.
Risco de acidentes e pressão sobre hospitais
O governador alertou que a prática de grau sem controle está diretamente ligada ao aumento de acidentes de moto, sobrecarregando os hospitais. “Acidente é diário de moto. As pessoas bebem, andam sem capacete. Por mais que façamos mutirões, ainda temos a irresponsabilidade de quem pilota sem proteção”, destacou.
Ele lembrou que a Bahia já conta com um hospital de ortopedia, administrado pelo Hospital Albert Einstein, mas grande parte da demanda vem de acidentes com motociclistas. “Uma pessoa com três ou quatro fraturas precisa de várias cirurgias e fica meses fora do convívio social e do trabalho. Isso é caro para o Estado e para a família que precisa assumir os cuidados”, afirmou.
Regulamentação e fiscalização
Para Jerônimo, a solução é tratar o grau como modalidade esportiva, com regras claras, equipamentos de proteção e fiscalização. “Assim como no futebol existe o estádio, quem gosta vai para lá. No grau também é preciso ter espaços próprios. Exagerou, meu irmão, penalidade e acabou. Dentro do padrão, se encontra o lugar devido”, concluiu.