Hoje, na quarta-feira (3), o segundo dia do julgamento da trama golpista, contará com a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Supremo Tribunal Federal (STF), a partir das 9h. A sessão, porém, irá iniciar com a defesa do general Augusto Heleno, seguida pelos advogados de Bolsonaro. Logo após, será a vez das defesas do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e também de Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Cada defesa terá até 60 minutos para apresentar seus argumentos de defesa. A sessão está marcada para terminar às 12h, porém pode se estender por mais uma hora.
Como no primeiro dia, a defesa de Bolsonaro deve reforçar os mesmos pontos já apresentados. Segundo informações do Estadão, os advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno têm duas estratégias principais. Na parte processual, a defesa tentará anular a delação de Mauro Cid, alegando, também, que a defesa foi prejudicada por prazos curtos.
O objetivo é apontar falhas no processo que possam invalidar as provas coletadas. Na parte do mérito, a defesa tenta separar Bolsonaro dos atos de 8 de janeiro, já que a Procuradoria-Geral da República (PGR) usa esses episódios para acusá-lo de crimes graves, como tentativa de golpe e ataque ao Estado Democrático de Direito.
Os advogados também devem usar o princípio da consunção, que diz que um crime maior pode incluir um menor cometido no mesmo contexto, e argumentar que as ações de Bolsonaro foram apenas preparatórias, o que, segundo eles, não seria punível pelo Código Penal.
