Uma denúncia feita por ex-servidores da Prefeitura de São Francisco do Conde levanta sérias suspeitas sobre a veracidade das informações encaminhadas ao Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA). Segundo os denunciantes, a atual gestão de Antônio Calmon teria informado oficialmente o pagamento de rescisões trabalhistas a servidores comissionados valores que, segundo eles, jamais foram depositados.
Isso tudo após o SFC revelar que a esposa de Nem do Caípe teria recebido R$ 72 mil de rescisão, horas antes da votação em que Nem do Caipe desempatou a votação do projeto de Lei que praticamente acabou com o “Pão na Mesa”.
De acordo com dados disponíveis no sistema do TCM, constam registros de pagamentos realizados entre janeiro e agosto de 2025, envolvendo cargos como assessor, gerente e diretor. Os relatórios listam valores referentes a salários, vantagens e gratificações, como se as rescisões tivessem sido integralmente quitadas. No entanto, os ex-funcionários garantem que “nada saiu do papel”.

“Eles colocaram no TCM como se todo mundo tivesse recebido a rescisão, mas ninguém viu esse dinheiro”, afirmou um ex-servidor, que pediu anonimato por temer retaliações.
A denúncia aponta indícios de fraude contábil e prestação de contas irregular, já que o município teria declarado pagamentos inexistentes. Caso a suspeita seja confirmada, o ato pode configurar crime de improbidade administrativa e falsidade ideológica em documentos oficiais ambos com graves consequências legais.
Especialistas em direito público alertam que a responsabilidade pelas informações enviadas ao TCM recai sobre o prefeito, o secretário de Finanças e os responsáveis diretos pela contabilidade municipal. Os trabalhadores lesados podem formalizar a denúncia junto ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) e ao próprio TCM, que tem poder para instaurar processo de auditoria e aplicar sanções.
Enquanto aguardam uma resposta das autoridades, os ex-servidores cobram transparência e esclarecimentos. “Queremos saber: se a prefeitura declarou que pagou, onde foi parar esse dinheiro?. A mulher de Nem do Caípe todos viram porque está no site da prefeitura e ele cumpriu o que prometeu a Calmon, destruir o “Pão na Mesa”, questionou outro dos prejudicados.
O caso, segundo analistas políticos, reflete o estilo de gestão do prefeito Antônio Calmon, marcado por decisões obscuras, falta de transparência e denúncias recorrentes de irregularidades. Assim como em outros episódios da atual administração, a suspeita de manipulação de informações e o descaso com o funcionalismo público reforçam o clima de desconfiança e desgaste moral que paira sobre o governo municipal. Até o momento, a Prefeitura de São Francisco do Conde não se manifestou sobre as denúncias.













